Editorial: Uma alvorada da nova era surge em Pernambuco - Sergio Travassos

Um novo amanhecer para o botonismo pernambucano.

Pernambuco teve e tem grandes botonistas. Fora campeão nacional em 1971. Também tivemos dois campeões master e sênior, Claribenor e Carlos Alberto. No entanto, há muito tempo mantemos um ou dois centros botonísticos da regra nacional e nossas competições variam de 18 a 22 atletas, apenas. Também, o número de adeptos oscila bastante. 

Pior ainda, quais são os novos botonistas que apareceram nos últimos anos? Desses, quantos permaneceram constantes? E quantos são jovens? Se pensarmos direto para responder os questionamentos acima, deveríamos ficar preocupados. Bastante preocupados.

E, aí, ficamos no limbo da História do futebol de mesa nacional. De vanguarda a coadjuvante, perdendo espaço para potiguares, sergipanos, capixabas e gaúchos. Mais, ainda vemos com binóculos, nossos admirados colegas baianos. É quase uma repetição da própria História de Pernambuco, reparem bem.

Para mim, senti particularmente isso. Tenho desejo de mudança, de avanço, progresso, do resgate do futebol de mesa. Mais ainda, fiquei dez anos afastado do futmesa. Em tristeza profunda, diga-se. Me afastei e voltei. Revi amigos e colegas e conheci poucos novos botonistas da nossa regra: Dilton Monteiro. E só.

Na minha volta, trouxe o gigante Aluizinho, que há muito tentava cooptar. Porém, precisávamos de mais. Analisando holisticamente, de forma empresarial, percebi que a Federação Pernambucana de Futebol de Mesa - FPFM, precisava se repensar, agir, sacudir a poeira. 

Por isso, a ideia de criar esse blog que, à duras penas existe. Por isso, busquei inserir o futmesa no projeto Futebol, Café e Arte. Mas é pouco. Muito pouco. Então, em conversa com Normando, expliquei que iria fazer um esforço para levar a regra para dentro dos clubes onde, pensei, poderíamos atingir um nível de divulgação maior. 

Do ponto de vista da comunicação é até fácil pensar. O Santa Cruz, clube que negociei a entrada da nossa regra junto da já consolidada regra de 12 toques lá estabelecida, possui mais de 20 mil sócios, com site próprio e outros ligados à torcida. Mais ainda, com um espaço dentro da sede, visível para quem vai às piscinas, museu, bar e ao estádio, já está atraindo alguns curiosos. 

Esses curiosos podem virar adeptos. Aí entramos em outra conta. Da quantidade, gera-se a qualidade. Mais, gera um ciclo virtuoso que poderá aproveitar a onda retrô existente hoje no estado. O trabalho no Santa Cruz, será árduo mas está sendo feito. Até o próximo ano, teremos a mais moderna sala para a prática do nosso desporto.

Da conversa que tive com Normando, consegui apoio e plantamos a semente da entrada da regra nacional também no Sport Recife. Lá, Normando, encontrou ambiente bem organizado e com botonistas que abraçaram a ideia em prol do futmesa. Já angariou três novos adeptos.

Partindo do pressuposto de que uma federação é sustentada por seus filiados e estes filiados são os clubes, precisamos apoiar essa nova alvorada. Essa nova era é a chance de sobrevivência da nossa regra no estado. Da esperança de forjar bons atletas que poderão, em um futuro próximo, alcançar boas posições em competições regionais e nacionais. 

O futuro produtivo passa pelos clubes. Esses clubes, Santa Cruz (fundador da FPFM), do Sport Recife e, futuramente, da entrada dos clubes Aliancense, Amigos do Botão e Náutico, poderemos criar uma rivalidade sadia e, a partir disso, teremos o interesse maior em treinar, se esforçar, crescer no desporto. E as competições poderão atrair mais crianças e jovens e divulgar melhor nosso desporto.

Esse é o meu pensamento nesse editorial. O resgate e o progresso do nosso botonismo perpassa por apoiar e acreditar nos clubes e, estes, com seus representantes, tomar as rédeas da FPFM, para alinhá-la ao progresso visando voltar à vanguarda do desporto nacionalmente.

Sergio Travassos é jornalista, formado em Educação Física, com especialidade em Marketing, apaixonado por futebol de mesa e dedicado ao PenoFutmesa (penofutmesa.blogspot.com.br).

Éder comanda Espanha ao bi-mundial

 

Nossa Copa foi um show. Todos os representantes em foto histórica.



 

Um show de bola, neste domingo (8), nas dependências do  Santa Cruz , aconteceu a segunda Copa do Mundo de Futebol de Mesa, 12 toques, organizada pela Federação Pernambucana de Futebol de Mesa, onde 19 mesas foram armadas para a competição que foi inicialmente disputada em quatro categorias, Sub-15, Adulto, Máster e Copinha (botonistas que ficaram de fora nos qualifiers).

 

Antes do início dos jogos, a diretoria da FPFM juntamente com todos os representantes dos clubes filiados à Federação Pernambucana, exceto o representante do Náutico e do Castelo Futmesa, de Arcoverde (Santa Cruz, AABB-Caruaru, Sport, Liga Jardim Brasil, Nacional de Belo Jardim e Real Boa Viagem), e mais aqueles botonistas que sempre estão participando dos nossos eventos, fizeram uma reunião na qual ficou determinado por todos aqueles presentes, que a FPFM continuará sempre de portas abertas para receber outros botonistas e clubes que ainda não estão filiados ou estão participando da FEFUMEPE (Federação não reconhecida pela CBFM, a Confederação Brasileira de Futebol de Mesa), mas que não aceitará em hipótese alguma uma fusão ou a mudança para uma terceira federação, e nem tampouco com a colocação de "nova federação"; assim foi determinado pela maioria, quase uma unanimidade.

 

Dois grandes preliantes: Humberto (AABB-Caruaru) e Renato (Sport), enaltecem FPFM.

 

No Sub-15, com 12 participantes, a garotada mandou brasa! O Brasil/Kleyssinho (Liga Jardim Brasil), venceu na final contra a Itália/Hewerton (AABB-Caruaru), e consagrou-se campeão. Pela terceira colocação, Portugal/Matheusinho (AABB-Caruaru), venceu a Alemanha/Matheus Carvalho (Santa Cruz).

 

No Adulto, com 20 participantes, a Argentina/Léo (Sport), venceu a Inglaterra do convidado especial, o amigo Rafael Moreira (Moreira FM-CE). O México/Júlio César, venceu a Bégica/Adriano, ambos do Santa Cruz, na disputa pelo terceiro lugar.

 

Pela categoria Máster, com 23 participantes, e de forma invícta na competição, a Espanha/Éder (AABB-Caruaru), venceu os Estados Unidos/Paulo Freire (Santa Cruz) na final. Já na disputa pela terceira colocação, a Holanda/Álvaro (AABB-Caruaru), também invícta,  venceu o Brasil/Akiles (Santa Cruz).

 

Já na Copinha, Troféu João Caxeiro, o Equador/Biu (Liga Jardim Brasil), venceu a Gana/Émerson (Nacional de Belo Jardim), e foi o campeão. A Argentina/Raminho (AABB-Caruaru), venceu a França/Paulo Souto (Santa Cruz), conseguindo a terceira colocação.

 

Para definir quem seria o campeão da Copa do Mundo 2014, foi realizada uma partida extra entre o campeão da categoria Adulto (Léo/Argentina) e o campeão da categoria Máster (Éder/Espanha), onde foi armada uma mesa no centro da sala, e todos poderam ver a grande final tão esperada e a disputa de quem ficaria com o troféu tão cobiçado por todos (réplica do troféu da Copa do Mundo FIFA de Futebol). Em uma partida brilhante, Éder/Espanha venceu Léo/Argentina por um placar de 8x5.

 

Pela segunda vez, Éder Sérgio da AABB-Caruaru, representando a Espanha, foi campeão merecidamente, já que em 2010, em Caruaru, ele venceu na final contra a Holanda do nada mais, nada menos, que o Moisés Pena. Éder, em 8 jogos, marcou 54 gols e sofreu 15, com uma média de 6,75 gols marcados por partida.

 

"Queremos agradecer à Prefeitura do Recife, Secretaria de Esportes do Recife, pelos belos troféus que nos foram concedidos, ao Santa Cruz, pelo espaço e pelos troféus da Copinha. Agradecemos a todos que compareceram, à Copa e à reunião, em destaque a equipe do Nacional de Belo Jardim que se esforçou bastante para estar presente na competição", agradeceu o presidente da Federação Pernambucana de Futebol de Mesa - FPFM, Éder Sérgio. Além disso, também agradeceu aos botonistas novatos de Caetés, Macaxeira, em especial, ao Sr. Edvaldo Cardeal (AABB-Caruaru), pela determinação e carinho pelo esporte, que não mediu esforços para estar presente neste e evento, já que há menos de 45 dias, o Sr. Edvaldo havera sofrido um AVC. E por fim, o nosso "muito obrigado" à todos aqueles que ajudaram para que este evento pudesse ser realizado de forma perfeita.   

Coisas e loisas da Taça Aliança

A equipe de Aliança ficou conhecida como esquadrilha da fumaça.

 

Competir no nosso maravilhoso desporto já é bom, com resenha, melhor ainda. Então, esse post é para comemorar o sagrado momento de sorrir. Traremos alguns lances de fora dos campos que retratam o que ocorreu na Taça Cidade de Aliança.

 

Esquadrilha da fumaça

 

A equipe de Aliança, como de costume, ficou hospedado no Setembrino Green Resort. Até aí, nada de mais. É a equipe que contém os dois últimos campeões pernambucanos, são patrocinados por uma fornecedora de materiais internacional, dentre outras renomadas empresas, merecem o melhor. A questão é que um apelido caiu muito bem nesse último final de semana: esquadrilha da fumaça. Não que eles decidiram apoiar Gabeira em sua luta para legalização de uma planta. Também não viraram torcedores do Sampaio Corrêa. Tampouco jogaram mal a ponto do título virar fumaça. Não, queridos botonistas. Um ultra e moderno ventilador pegou fogo enquanto dormiam no hotel e todos chegaram com os uniformes cheirando à fumaça. O resort, afirmou que eles terão as despesas pagas até o final da temporada.

 



 

Carlos Nero Alberto

 

Carlos Alberto, viveu momentos de piromaníaco. Tentou fazer a concorrência virar cinzas.

 

Nosso querido Carlos Alberto, grande baluarte das coisas de Garanhuns e presidente do Sete de Setembro Futmesa, decidiu queimar a concorrência. O que fez o incauto? Colocou uma bomba relógio dentro de uma turbina e botou para torar em cima dos meninos (e do velho Ribeiro) de Aliança. O fogo se alastrou mas foi rapidamente controlado. Que coisa, Carlos...

 

Leão indomável

 

Normando, na foto após a final, botou pra torar. Na final, ficou mansinho, mansinho. 

 

Nesse torneio teve um grande jogador que voltou a rugir alto: Normando. O cabra virou leão e trucidou os adversários. Foram seis vitórias e um empate. No entanto, na final contra Ansellmo, o leão virou gatinho de vovó. Bom para Ansellmo, que sapecou 2x0, e levou o título.

 

O jogo sem fim

 

Enquanto todos corriam para lotar as arquibancadas para assistir aos grandes embates das semi e da final, dois botonistas destilavam talento no maior clássico do estado. Aluizinho e Travassos, fizeram um clássico que dura 30 anos. Sem direito a limpar mesa, time ou paradinha para descanso. Foi um show. Um show de perder gol. Após 22h de jogo e um caminhão de gols perdidos, o placar apontava 1x1, até que, em lance polêmico, Travassos, conseguiu uma falta que lhe garantiu a vitória suadíssima por 2x1, mantendo o tabu.

 

O almoço virou jantar

 

Após a competição, Normando, Marcelo, Aluizinho e Travassos, saíram para a resenha. A conversa estava tão animada que o almoço virou jantar. No final, Normando, não sabia onde morava. Travassos, o amigo da vez, foi de carona. Aluizinho, tentou subir no restaurante com o carro e Marcelo se perdeu em Boa Viagem. Isso sim, é uma boa resenha.

 

 

 

 



Ansellmo conquita Taça Cidade de Aliança

Os melhores da Taça Aliança (da esquerda para a direita): Ribeiro, Dino, Normando e Ansellmo.

 

A Taça Cidade de Aliança, não poderia estar em melhores mãos do que a de um filho da própria cidade, o jovem Ansellmo (São Paulo). O atual campeão pernambucano demorou a chegar a um título de etapa nessa temporada, a mais equilibrada dos últimos anos, mas chegou na hora certa. E, melhor ainda, disparou no ranking que define quem entra com vantagem no octogonal final.

 

Foi uma campanha segura, desse jovem talento, superando grades nomes. O principal oponente foi Normando (Barcelona), na grande final. Normando estava invicto, com seis vitórias e um empate, mas não conseguiu superar o aliancense, que venceu com uma vitória em dois golaços a zero.

 



 

A conclusão é que o nível técnico está melhorando e só os grandes sobreviverão. Ansellmo, que andava vacilante, chegou ao topo com consistência. Normando, que estava ultra concentrado, deu um show. Um verdadeiro leão indomável. Até a final, ao menos.

 

Ribeiro (Aliancense) e Dino (Treze), demonstraram que também vão brigar na parte de cima. Ribeiro, não pretende dar vacilo como no ano passado, quando perdeu a vaga no jogo extra contra Dr. Bruno (Santos). E Dino, tem abrilhantado os campos pernambucanos, demonstrando que os paraibanos tem muito o que ensinar.

 

 

 

 

 

 

 



Copa Cidade de Aliança agita Pernambuco

Pernambuco agita-se para a quinta etapa do Campeonato Pernambucano da regra brasileira. Serão 19, postulantes ao título da mais equilibrada temporada dos últimos anos. Em jogo, a Taça Cidade de Aliança, homenagem aos botonistas da cidade, que vem dominando o cenário local nos últimos anos.

O campeonato terá início às 8h, na sede da Federação Pernambucana de Futebol de Mesa - FPFM, e será dividido em seis grupos de três atletas. Sendo que existirá o cruzamento entre grupos, A-B, C-D e E-F. Assim, do total de seis componentes, por exemplo, dos grupos A e B, saem os quatro melhores classificados.

Teremos o retorno de Benício (B. M'Gladbach), que jogará pela equipe de Aliança, e dos paraibanos Dino e Machado, que sempre vem fazendo bonito. Ausências serão sentidas. Jorge (B. Dortmond), Rodrigo (Sport) , Claribenor (Náutico) e Belletti (Nike), só para citar alguns.

Traçar prognósticos tem sido muito difícil nesse ano com muitas oscilações dos grandes e superação dos pequenos. Pior ainda é com essa fórmula. Então, o leitor fica livre para arriscar palpites. Abaixo, a tabela completa.